Essa coletânea de poesias vem sendo gestada há dez anos. Eu tinha 21, hoje tenho 31 e umas neuras. Eu tinha energia, hoje tenho esperança. E se o mais bonito de escrever é esperançar o futuro, quando esse futuro chega, é deslumbrante voltar ao passado através de palavras da época em que achávamos que dominar o mundo era questão de tempo.

Aqui está registrada uma década de amores, desamores, venturas e sofrimentos. Se sou um dado multifacetado, você vai enxergar todos os lados de uma inquietude plural. Quando sou amor, sou também loucura, lágrima, êxtase, contemplação, miséria e finitude. Quando quero, logo desisto de querer; quando sinto que desisti, me percebo humano.

E é nessa ciranda delirante de versos que traduzo um pouco de como me vejo e como vejo o mundo ao redor. Falo sobre pessoas que me marcaram e falo das marcas que elas deixaram. Falo da morte, porque tenho medo de morrer cedo — e falo da vida, porque tenho vontade de viver muito.

Espero do fundo do coração que você possa absorver de forma duradoura essa minha primeira e tão postergada publicação. Mas absorva do jeito que você quiser, não do jeito que imaginei. A interpretação é somente sua, pois a vivência aí dentro é somente sua (falo sobre aquelas coisas que você não conta pra ninguém). Sorria, chore, compartilhe com aqueles que te fazem bem. Ou então guarde para si.

Parte de mim parte daqui e chega agora até você. Parte de mim se foi e se vai todos os dias, como os grãos de areia que se suicidam dentro da ampulheta. Parte de mim é dor, a outra parte é admirar a beleza daquilo que dói. O que sobra é história pra contar, é ampulheta quebrada.

E quando sentir que está sentindo, repare.

O lançamento oficial desse livro acontece no dia 6 de maio de 2022, dia em que meu pai faria 68 anos. É sempre por ele.

*Para ler o livro, basta ter um Kindle ou baixar o aplicativo do Kindle no Google Play/App Store.

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